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SUICÍDIO DE JOVENS
Gatilhos
Especialistas destacam alguns fatores de risco e que merecem atenção:
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Perda recente - pode ser a morte de alguém próximo ou animal de estimação, fim de um relacionamento, separação dos pais.
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Transtorno mental, em particular, depressão e aqueles relacionados a traumas.
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Uso de substâncias químicas, inclusive, álcool.
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Conflitos de orientação sexual, principalmente em ambientes de pouca aceitação, seja no convívio social ou na família. Estima-se que a comunidade LGBT tenha 8 vezes mais risco de tentar o suicídio.
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Histórico de suicídio na família, assim como violência doméstica.
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Bullying - não apenas quem sofre, mas os que testemunham ou praticantes.
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Acesso a meios letais, como armas de fogo e remédios.
Os jovens merecem cuidado redobrado, pois é na faixa etária entre 15 e 29 que encontramos os maiores índices de crescimento globais de suicídios. Em 2012, a morte voluntária foi a segunda causa de morte de jovens no mundo, e no Brasil o cenário é similar.
De acordo com o relatório Jovens no Brasil 2014 - do Governo Federal -, entre 1980 e 2012, registramos um aumento de 90,41% no número de suicídios nessa faixa etária no país, passando de 1.523 para 2.900. Mas é preciso levar em consideração o crescimento populacional, por isso, o mais adequado é observar o histórico das taxas globais (por 100 mil habitantes). Ambos apresentaram elevação expressiva entre os anos de 2000 e 2012.
Entre 1980 e 2012, na categoria causas externas, também conhecidas como causas não naturais ou violentas - classificação do Ministério da Saúde -, o suicídio só perdeu para acidentes de trânsito e homicídios, que ocupa o primeiro lugar na causa de morte dos jovens. Importante citar que em 2012, 71,1% das mortes no Brasil se encaixaram nessa categoria, contra 50% em 1980. E o avanço segue na contramão da taxa de mortalidade do país, que caiu 3,7% no mesmo período.
Quando comparamos a outras faixas etárias, a diferença entre o percentual de jovens que morrem por causas violentas no país é gritante: 62,9% para brasileiros com idades entre 15 e 29 anos, e 8,1% para o restante. O suicídio segue o mesmo padrão, chegando a 3,7%, contra 0,7% nos outros segmentos.
SINAIS
É fundamental ficar alerta a alguns sinais. Parte deles se confunde com sintomas da depressão, como isolamento, tristeza e irritabilidade, mudanças de apetite e no padrão do sono, desânimo com as atividades antes prazerosas e demonstrar baixa autoestima. Outros podem acender uma luz vermelha e devem ser acompanhados de perto:
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Piora súbita no desempenho escolar;
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Perda ou deterioração do senso de perigo, quando o jovem passa a se envolver com atividades que põem em risco sua vida;
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Verbalização do tipo "queria desaparecer/morrer", "vocês estariam melhores sem mim" e "nada faz sentido".
A Organização Mundial da Saúde publicou um manual voltado a professores e educadores. Para ver, clique aqui.
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